dezembro 31, 2009

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dezembro 28, 2009

DAQUI HOUVE NOME PORTUGAL



Guimarães | Património da UNESCO

dezembro 27, 2009

A Idade da Inocência


composição de JET
Eu tinha passado há muito a idade da inocência. Conservava, porém, o meu quadro suspenso na parede, não por cima da lareira, mas no primeiro lance das escadas que conduziam ao primeiro andar. Podia, dessa forma, vislumbrar o movimento dos habitantes que rodopiavam entre as paredes revestidas a estuque, que escorriam humidade nos dias de Inverno, mas que eu não sentia porque já era um quadro na tela não sei de que pintor.
Tinha pedido, suplicado que me deixassem ali ficar. Queria poder coabitar com as fadas e os duendes, com o Pequenu, com a Blondina, embrenhar-me pela floresta de lilazes, onde eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, encontraria um príncipe todo vestido de branco, que entenderia toda a minha inocência e que me diria: vem, serás eternamente uma menina, a minha menina.
À medida que os anos passavam as pessoas que deslizavam pelas escadas iam trazendo notícias do mundo lá fora enquanto eu me mantinha inalterável naquele quadro, apenas retocando o meu cabelo e a boca de rubi com que me haviam pintado, em pinceladas precisas e quentes. Quente era também o meu peito que não se via, para quê, se, na verdade, eu era invisível ao tempo?
Conservo ainda essa tela. Suplico ainda: deixem-me aqui ficar.
Eu tinha, eu tenho a idade da inocência e vejo ao longe uma floresta de lilazes.

dezembro 22, 2009

FELIZ NATAL


Encontrar-nos-emos algum dia, de alguma forma
talvez neste lugar
e aí poderemos renascer

FELIZ NATAL 2009

Nota: fotografias da autora tiradas em ambiente virtual


dezembro 20, 2009

Basta clicar na imagem e depois na ave
Feliz Natal
Merry Christmas



dezembro 18, 2009

Mais um?...



É verdade! Vem-me da infância esta habituação a tudo quanto é animal. Desde o mais doce gato, ao mais fiel canídeo, ao réptil mais ternurento, não esquecendo aves de rapina feridas e ouriços cacheiros que limpavam o jardim da peste (peste?...) dos caracóis. Tudo o meu pai levava para casa e estendia pelo quintal fora, permitindo-lhes uma liberdade que era reduzida, mas sim, que era uma liberdade considerável, atendendo às dimensões do dito quintal.
A minha mãe resmungava - pudera! - mas lá ia tomando conta da bicharada. E a bicharada adorava a minha mãe, apesar de eu nunca ter visto, alguma vez, que ela fizesse uma festinha fosse a qual fosse.
Segui-lhes os passos, embora condicionada pelo tamanho das casas onde tenho vivido, como é óbvio. Vai daí que neste momento tenho um canário e quatro gatos, com os quais partilho os meus espaços, no maior respeito pela sua individualidade característica, e permitindo que eles me adoptem como o ser humano que acarinham quando lhes apetece.
Ora este cenourinha, nado no recreio da escola onde trabalho, veio ocupar mais um espaço que, curiosamente, lhe parecia estar reservado. Ainda assustado, fugidio, marcado por algumas tropelias dos miúdos menos sensíveis a estas coisas boas da vida, vai reconhecendo o terreno e já foi aceite pela comunidade existente. Deixa que o Jasmim o lave e pouco liga às bufadelas da gata mais esquisita cá da casa, a Nina.
Ainda não tem nome, mas apresento-o hoje, aqui, à sociedade. Não num baile formal, mas no aconchego do ninho que ele já escolheu. Aceitam-se sugestões, não esquecendo que (não sei se isto é verdade ou não), os nomes dos gatos devem ter um "i". Vá-se lá saber porquê!
Para já ainda só lhe disse: bem-vindo, meu cenourinha!


dezembro 12, 2009

Hoje acordei assim...




I need love, love
ooh, ease my mind
And I need to find time
someone to call mine;

My mama said
You can't hurry love
No, you'll just have to wait
She said love don't come easy
But it's a game of give and take
You can't hurry love
No, you'll just have to wait
Just trust in a good time
No matter how long it takes

How many heartaches must I stand
Before I find the love to let me live again
Right now the only thing that keeps me hanging on
when I feel my strength, ooh, it's almost gone

I remember mama said
You can't hurry love
No you'll just have to wait
She said love don't come easy
It's a game of give and take
How long must I wait
How much more must I take
Before loneliness
Will cause my heart, heart to break

No, I cant bear to live my life alone
I grow impatient for a love to call my own
But when I feel that I, I can't go on
Well these precious words keep me hanging on

I remember mama said
You can't hurry love
No, you'll just have to wait
She said love don't come easy
Well, it's a game of give and take
You can't hurry love
No, you'll just have to wait
Just trust in a good time
No matter how long it takes, now break!

Now love, love don't come easy
But I keep on waiting
Anticipating for that soft voice
To talk to me at night
For some tender arms
hold me tight
I keep waiting
Ooh, till that day
But it ain't easy (Love don't come easy)
No, you know it ain't easy

My mama said
You can't hurry love
No, you'll just have to wait
She said love don't come easy
It's a game of give and take...

Depois pensei...
nunca fui de me arrepender do que quer que tenha feito, mas hoje acordei assim, e a verdade é que já me arrependi de não ter feito algumas coisas na vida.
Mas, quando isso acontece, será que significa que a atitude tomada não foi a correcta? Nem por isso.
Depois pensei...
isto é demais para a minha cabeça, num sábado de manhã. E saí para a rua.
Yeah, mama, love don't come easy!...

dezembro 06, 2009

Um cabo para o mar


Sempre fora revisitado nos momentos menos previstos. Vamos ao cabo? e já lá estávamos. Nuvens e vento. Não sei porquê lembrou-me um filme do farwest, aquelas cidades que só eram cidades porque tinham uma bomba de gasolina - agora fechada -, fantasmas aos pulos por entre a areia que andava no ar e o mar ali, sempre ali.
As janelas agora fechadas não apagam a memória das cortinas rasgadas, imensas de pó, e eu ali, imóvel a olhá-las, como se quisesse entender os segredos das vidas que ali viveram, faz tanto tempo. E o mar, sempre o mar. E eu, e nós, e um barco ao longe onde seguimos viagem sem rumo. Como a poeira do vento sul, destino de quem espera, tão só, um abraço entre as colunas.
Fica. Promessas de um dia mais claro.

dezembro 03, 2009

Fotos de outro mundo



auto-retrato  |  self portrait
a fuga  |  running away


dezembro 01, 2009

Este Natal...