Faleceu hoje, aos 89 anos. Conheci-lhe a obra no longínquo ano de estágio, numa escola do norte que tinha um grande espaço verde em volta. Trazia a minha filha mais velha na barriga e na postura do meu trabalho a vontade de pôr em prática tudo aquilo que tinha acabado de aprender. Ao ensino da gramática juntava-se o sonho tantas vezes concretizado através dos trabalhos dos alunos, poetas inatos que só queriam aprender e ser felizes.
De O Cantar da Tila, de O Sol e o Menino dos Pés Frios e de tantos outros textos desta escritora, menina eterna na sua escrita, no seu sorriso, surgiram flores e jardins que semeávamos sentados naquela relva tão quente, tão prenhe de magia e de sonho.
Obrigada por tudo isso, Matilde.
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