agosto 22, 2010

Coisas da vida...

  • Sim, eu sei que não tenho escrito muito. Os dias de férias têm sido bastante iguais, nem a este, nem a oeste nada de novo. A não ser ter partido um pulso, gesso, tala, consultas, um mês sem conduzir, nada de praia, uma ninhada de quatro gatinhos, quinze sessões de fisioterapia às oito da manhã, como dizia, nada de novo.
  • A primeira coisa que fiz quando tive alta foi meter-me no carro e ir enfiar a cabeça nas águas da Figueirinha. Lavar os miolos, como costumo dizer. Foi um dos dias mais importantes destas minhas férias, acreditem.
  • Tenho uma amiga que tem dois filhos e está desempregada, recebendo o subsídio habitual. Um dia destes foi chamada por uma empresa de trabalho temporário sediada em Setúbal para uma possível hipótese de emprego. Eram cerca de quinze pessoas. Explicaram-lhes então que era para uma fábrica na zona de Palmela, uma produção de pára-choques para abastecer a Auto Europa. Informaram, também, que seria um trabalho pesado, já que teriam de trabalhar em três turnos, e que a temperatura ambiente rondaria entre 40 a 50 graus. A justificação que foi dada para esta situação foi que a matéria prima não podia estar sujeita a ar condicionado. Vencimento? Ordenado mínimo.
  • Diz-se muitas vezes na comunicação social que há pessoas que preferem ficar em casa com o subsídio de desemprego do que ir trabalhar. Pudera!!!
  • Mas hoje também é um dia importante para mim. Vou a uma sardinhada e não vou ser eu a estar na grelha!
  • E tenham um bom domingo!

agosto 14, 2010

É de lá que eu sou

A memória não me é totalmente fiel. Recordo parte de um poema, de um transmontano, o Professor e escritor Nelson Vilela, que reza assim:

Não sou daqui. 
...
Sou de terras
Onde Deus, sem mar,
Inventou mastros e caravelas
E onde pedras e estrelas dormem à mesma altura.

É de lá que eu sou.
De serras que rios cortam às tiras
E orgulho tenho de nascer assim.

Podem rufar tambores, arraiais e viras,
É de lá que eu sou
Foi de lá que vim.

Não sou transmontana. Sou minhota de nascença e vi criar o Parque Nacional Peneda-Gerês. Vi lobos em liberdade, andei pela neve em caminhos onde o nevoeiro nos comia, passeei por matas onde o céu não se vê, milenares, subi ao pico de serras de onde o olhar se perdia. E pensava, meu Deus, que ordem é esta que cria uma Natureza tão bela? E apetecia ficar ali. Eternamente.

Por isso o meu peito fica apertado com as imagens e notícias sobre os incêndios. E fico sem palavras. Como se as estrelas se afastassem de mim e tornasse impossível tocá-las, como já toquei um dia.



agosto 11, 2010

O Amor Despido

O Amor Despido é uma exposição de fotografia em ambiente virtual (SL) que pode ser visitada até dia 15 deste mês, em It's Amazing, na D&M GALLERY.
Segundo a autora, não pretende ser mais do que isso: despir o Amor para um snapshot e partilhá-lo com os outros.



agosto 08, 2010

Braga revisitada

A manhã não está tão fresca como desejaria, mas ainda bem que corre uma ligeira brisa, mesmo assim antevendo-se outro dia de calor. O céu está levemente acinzentado pelos fogos que varrem esta zona do País, e há mesmo partículas de cinza no ar.
Decido-me por um passeio matinal pelo centro da urbe, um café numa esplanada, transeuntes que já não reconheço.
Começo pela Fonte do Ídolo, santuário rupestre da era pré-romana, dedicado à deusa indígena Nabia, intimamente ligada ao culto da água e da fertilidade.
Foi monumentalizada no início da fundação da cidade, por volta do século I D.C., por um emigrante de nome Celico Fronto, que mandou executar as esculturas e as inscrições visíveis na frente do santuário. Mais tarde, os seus descendentes renovaram o monumento acrescentando um lago frente à fonte.
As imagens e o texto não são bem visíveis nas fotografias. Este espaço oferece mais informação através da visualização de um vídeo em várias línguas, disponível no local. Faz parte do Itinerário Arqueológico Urbano da Cidade de Braga.
Um espaço a visitar.


De regresso a casa mais alguns registos.


Janela Manuelina da Casa dos Coimbras.

O contraste do tempo...


E ainda o contraste do tempo...
Regresso a casa. Uma tarde a prometer uma daquelas sestazitas, que não é só 
no Alentejo que as há!

agosto 04, 2010

Ainda os gatos... meus e dos outros!

E agora? Como saio daqui?, - pensa a Pituxa

Acho que aqui passo despercebido, - pensa o Tommy. Talvez seja desta que vou de férias!


Esta bebezinha, nascida em minha casa e filha da Pituxa, foi adoptada desta forma quando arranjou casa nova. Imagem sem palavras...
Seria tudo tão bem mais simples se alguns homens pensassem como os gatos...