dezembro 06, 2009

Um cabo para o mar


Sempre fora revisitado nos momentos menos previstos. Vamos ao cabo? e já lá estávamos. Nuvens e vento. Não sei porquê lembrou-me um filme do farwest, aquelas cidades que só eram cidades porque tinham uma bomba de gasolina - agora fechada -, fantasmas aos pulos por entre a areia que andava no ar e o mar ali, sempre ali.
As janelas agora fechadas não apagam a memória das cortinas rasgadas, imensas de pó, e eu ali, imóvel a olhá-las, como se quisesse entender os segredos das vidas que ali viveram, faz tanto tempo. E o mar, sempre o mar. E eu, e nós, e um barco ao longe onde seguimos viagem sem rumo. Como a poeira do vento sul, destino de quem espera, tão só, um abraço entre as colunas.
Fica. Promessas de um dia mais claro.

2 comentários:

Teresa Diniz disse...

Engraçado, estive no Cabo Espichel na 3.ª feira e acho que tirei uma fotografia muito parecida. Acho que é um sítio mágico.
Teresa, desculpe a pergunta: Deu aulas em Alcanena, lá nos idos de 80?

Teresa Diniz disse...

Olha que coincidência, Teresa. Tive uma colega em Alcanena, num ano em que por lá andei desterrada, que tinha o teu nome e era da tua idade. Quando aqui caí, no teu blogue, pensei mesmo que podias ser essa pessoa. Mas gosto de te conhecer, a ti!
Bjs