Sempre fora revisitado nos momentos menos previstos. Vamos ao cabo? e já lá estávamos. Nuvens e vento. Não sei porquê lembrou-me um filme do farwest, aquelas cidades que só eram cidades porque tinham uma bomba de gasolina - agora fechada -, fantasmas aos pulos por entre a areia que andava no ar e o mar ali, sempre ali.
As janelas agora fechadas não apagam a memória das cortinas rasgadas, imensas de pó, e eu ali, imóvel a olhá-las, como se quisesse entender os segredos das vidas que ali viveram, faz tanto tempo. E o mar, sempre o mar. E eu, e nós, e um barco ao longe onde seguimos viagem sem rumo. Como a poeira do vento sul, destino de quem espera, tão só, um abraço entre as colunas.
Fica. Promessas de um dia mais claro.
2 comentários:
Engraçado, estive no Cabo Espichel na 3.ª feira e acho que tirei uma fotografia muito parecida. Acho que é um sítio mágico.
Teresa, desculpe a pergunta: Deu aulas em Alcanena, lá nos idos de 80?
Olha que coincidência, Teresa. Tive uma colega em Alcanena, num ano em que por lá andei desterrada, que tinha o teu nome e era da tua idade. Quando aqui caí, no teu blogue, pensei mesmo que podias ser essa pessoa. Mas gosto de te conhecer, a ti!
Bjs
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