Quem quiser pode perder o tempo
numa qualquer ilha em branca cor assumida:
só nos tronos do sul se encontra a luz
(o branco claro da roupa estendida)
um círculo vazio de onde emergem
os sons da terra profunda e fértil.
Quem quiser pode também prosseguir
outros mundos, reinos frágeis onde
se torna impossível sequer tocar os
cálices do vinho doce, espremido pelos
pés cansados. Mansos.
E o cheiro da cinza lavada nas tuas mãos de água.
Dizem-me que era de luz a espada
a espada que o guerreiro ergueu
e que da pedra lavrada
água límpida brotou, não sangue.
Para nos servirmos
para nos banharmos.
Purificados ficarão teus pés.
E a Alma que os circunda.
Teresa Lobato (inédito)
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