setembro 02, 2009

Cartas de Amor


Estão "em trânsito" as minhas "Cartas de Amor de Henry Miller para Anais Nin".
Passo a explicar.
Encomendei a obra a 5 de Agosto, via net, na Worten, solicitando o seu envio para a loja X, no Norte, já que me encontrava ali de férias. Entretanto, indo à Worten dessa localidade, tomei conhecimento que o livro não chegaria a tempo para que o trouxesse comigo e dele aproveitasse a leitura durante a viagem de regresso. Assim, pedi que mo enviassem para a loja Y, mais perto da minha residência.
Quando ontem ia, feliz da vida, reclamar a minha encomenda, e após consulta ao sistema, sou informada que o meu livro, sim, tinha sido expedido dos armazéns online dia 7 de Agosto, e que eatava "em trânsito", nao podendo prever a sua chegada.

Primeiro nem quis acreditar: tinha esperado quase um mês para ler ansiosamente estas cartas de amor e voltava de mãos vazias? Depois lembrei-me que o meu país é Portugal e a estupfacção passou. Mas fiquei triste, ah, fiquei.

Por onde andará agora o meu livro? Estará já a caminho do sul? Será que, nestas delongas, já foi lido por algum curioso apaixonado que julgou ter encontrado uma maneira fácil de se declarar mais romanticamente à sua apaixonada? Ou vice-versa?
Será que se perdeu no nevoeiro do caminho? Será que ficou esquecido a um canto do camião que o transporta, tão pequeno e insignificante que parece ser?

Desespero pelo meu livro. Quero, exijo ler as "Cartas de Amor de Henry Miller para Anais Nin" antes que o Amor acabe. Em teu nome, EFE, que tens provado, tão longe e tão perto, como podemos ser livres dentro de quatro paredes, fechados apenas sobre os nossos segredos mais intimamente inconfessáveis.

2 comentários:

reViriato disse...

Gostei muito…do texto “em trânsito” das tuas Cartas de Amor, livro que encomendas-te usando as cada vez menos novas tecnologias, ainda escrito século passado pelo sempre vivo Henry Miller para uma das sua amadas, porventura, a maior Anais Nin querida Teresa.
Gostei, particularmente do EFE, sugeriu-me qualquer coisa de pagão (vá-se lá saber porquê)., algum obscuro sub-deus Grego ou Celta, quiçá mais antigo ainda.
No fim do texto, não resisti “poder ser livre, dentro de quatro paredes” vindo-me á memoria…uma frase já mais batida “Não há Machado que corte, a Raiz ao Pensamento”, letra de Carlos Oliveira, musicado pelo Manuel Freire e cantado por tantos, gritado bem alto por outros, à saída dos comícios do MDP/CDE na cara dos hoje assimilados guardiões do Estado Novo da minha/nossa juventude.
Passo a explicar usando mesma prosa poética do Carlos Oliveira:

Não há machado que corte
A raiz ao pensamento
Não há morte para o vento
Não há morte

Se ao morrer o coração
Morresse a luz que lhe é querida
Sem razão seria a vida
Sem razão

Nada apaga a luz que vive
No amor num pensamento
Porque é livre como o vento
Porque é livre...

Assim gostava de demonstrar, que tudo continua onde sempre esteve, nas nossas cabeças, pensadoras diria mais tarde o brasileiro Gabriel.

Beijos e sorrisos entre um forte xxi coração querida amiga

Karina disse...

Ahhh... Seu livro chegou?

Ou ainda está à caminho?

Um bj,

Karina