Era um poema de mãos abertas
que rompeu em uma manhã
claro dia e carros a subir as ruas
a festa na cidade nas praças de
cal branca e luminosa
no ar quente daquele dia
e era um poema
e era um dia
e eram flores sobre os rios
alguém gritou que só as águas
correm para o peito
vermelhas
como um poema aberto
em mãos abertas
oferecendo a liberdade
e era um rio era o campo era uma cidade
uma praça virada ao sol
e era este poema
nas tuas mãos escrito
abertas à manhã clara
da liberdade.
Nota: imagem composta a partir de fotografias não identificadas
2 comentários:
Um poema de grande significado que gostei muito de ler.
Levei-o para o CPV.
Bjinhos e boa semana :-)
Olá Teresa.
Como sempre apresentas palavras com um grande significado e com muita beleza.
Um abraço grande
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